Foi a primeira vez que o Itaú registrou um lucro superior a R$ 40 bilhões. Com isso, o banco ocupa 8 dos 10 lugares no ranking de maiores lucros, de acordo com levantamento da Elos Ayta. Fachada de agência do Itaú Unibanco
Divulgação
O Itaú Unibanco registrou o maior lucro da história entre os bancos listados na bolsa de valores brasileira, a B3, mostrou um levantamento feito por Einar Rivero, presidente da Elos Ayta Consultoria. O valor considera normas contábeis específicas, que permitem a comparação com outras instituições financeiras.
O banco registrou um lucro líquido de R$ 40,2 bilhões em 2024. Com isso, passou a ocupar 8 dos 10 lugares no ranking de maiores lucros.
O recorde acontece tanto em valores nominais quanto em valores ajustados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. Veja abaixo:
Os 10 maiores lucros líquidos de bancos listados em bolsa
Os 10 maiores lucros líquidos de bancos listados em bolsa
O resultado ainda representa um aumento de 20,6% em relação ao observado no consolidado do ano anterior, quando registrou um lucro líquido de R$ 33,4 bilhões.
Resultados de 2024
Considerando o lucro líquido gerencial do banco, que é uma métrica usada pelo mercado para entender melhor a realidade operacional das instituições financeiras, o resultado sobe para R$ 41,4 bilhões. Nesse caso, o número representa uma alta de 16,2% em comparação a 2023 (R$ 35,6 bilhões).
Só no quarto trimestre do ano passado, o Itaú registrou um resultado gerencial de aproximadamente R$ 10,9 bilhões, um avanço de quase 2% em comparação aos três meses imediatamente anteriores (R$ 10,7 bilhões) e uma alta de 15,8% ante o mesmo período de 2023.
O resultado do banco foi puxado principalmente pelo avanço da margem financeira e da receita de serviços, além da queda do custo de crédito em meio ao aumento das concessões no ano.
A carteira de crédito total do banco somou R$ 1,359 trilhão no trimestre, um aumento de 15,5% na comparação anual e de 6,3% frente ao trimestre anterior.
Golpe do 'PIX errado': bancos alertam para aumento de ocorrências; saiba como se proteger
Presidente panamenho rompeu acordo econômico que tinha com Pequim, que usa programa trilionário para abrir novos mercados na América Latina e no mundo, mas negou que tenha sido exigência dos EUA. Vista aérea de navio passando pelo Canal do Panamá.
REUTERS/Enea Lebrun
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, anunciou nesta quinta-feira (6) o cancelamento do acordo econômico com a China para que Pequim aplicasse no país latino-americano seu programa econômico "Nova Rota da Seda".
A decisão foi anunciada após pressões dos Estados Unidos para reduzir a influência chinesa no Canal do Panamá.
Mulino afirmou que a embaixada do Panamá em Pequim "apresentou o documento correspondente" para "anunciar o cancelamento com 90 dias de antecedência", como estabelece o acordo.
Ele negou exigência dos Estados Unidos — na semana passada, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, se reuniu com presidente panamenho na Cidade do Panamá.
"Essa é uma decisão que tomei", disse Mulino.
Também conhecida como "Cinturão e Rota", a "Nova Rota da Seda" é um programa do governo da China para financiar obras e investimentos em países da América Latina e de outras partes do mundo. Com orçamento de trilhões de dóladres, o programa começou em 2013 mas vem se fortalecendo nos últimos anos.
Mulino nega passe livre dos EUA
Secretário de Estado dos EUA exige ações contra China no Canal do Panamá
Também nesta quinta, o governo panamenho e a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) negaram que embarcações dos EUA tenham "passe livre" pela hidrovia, desmentindo afirmação do Departamento de Estado americano.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, chamou a afirmação do órgão do governo americano de "intolerável" e uma "falsidade absoluta". Mulino também pediu ao embaixador do país nos EUA tomar "atitudes firmes" para lidar com a situação.
“Tenho que rejeitar essa declaração do Departamento de Estado porque ela se baseia em uma falsidade. (...) Isso é intolerável, simplesmente intolerável. E hoje o Panamá está expressando ao mundo a minha rejeição absoluta de continuarmos a explorar as relações bilaterais com base em mentiras e falsidades”, afirmou Mulino.