Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, vendas de carros cresce 15% em comparação com 2023 e coloca o Brasil no topo entre os 10 principais mercados globais. Vendas de carros cresce 15% no Brasil em 2024
Roosevelt Cassio/Reuters
As vendas de veículos novos cresceram 15% em 2024, quando comparado aos doze meses anteriores. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (12) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que tem sob seu guarda-chuva as principais montadoras com fábricas no país, como Fiat, Volkswagen, Chevrolet, Renault e Honda.
Segundo a Associação, esse é o melhor resultado desde 2007. A Anfavea afirma ainda que, no ano, o Brasil obteve o maior crescimento entre os 10 principais mercados globais devido ao maior ciclo de investimento da história do setor automotivo, com um total de R$ 180 milhões anunciado pelas montadoras.
De acordo com os dados da Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos), o segundo semestre deste ano foi o que teve o melhor resultado em vendas nos últimos 10 anos.
Esta reportagem está em atualização.
De acordo com dados do Censo de 2022 divulgados nesta quinta-feira (12), número de casas alugadas voltou a subir, mas maioria da população vive em imóvel próprio. Vista aérea dos prédios de São Paulo; estado concentra maior número de pessoas morando de aluguel.
Diogo Moreira/Divulgação Governo de São Paulo
O número de pessoas que vivem em imóveis alugados vem aumentando nas últimas décadas. Novos dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (12), mostram que um em cada cinco brasileiros no país mora de aluguel (21%).
Após uma queda no número de domicílios alugados entre 1980 e 2000, a proporção voltou a crescer nas últimas décadas. Em 2010, a taxa era de 16%, e em 2000, de 12%.
A maioria da população, entretanto, mora em imóvel próprio: sete em cada 10 brasileiros. Deste total, 63% vivem em domicílios quitados, ganhos ou herdados, e 9%, em financiados. Há ainda 5,62% de brasileiros que vivem em domicílios emprestados e menos de 1% que vivem em outras condições.
A pesquisa também revela que a maior parte da população que mora de aluguel está no estado de São Paulo, com cerca de 11 milhões de pessoas vivendo em domicílios alugados. Minas Gerais ocupa o 2º lugar, com 4,3 milhões, seguido pelo Rio de Janeiro, com 3,5 milhões de moradores. Entre as regiões, o Centro-Oeste concentra o maior índice de pessoas que viviam em imóveis alugados (26,7% da população).
Em Lucas do Rio Verde (MT), mais da metade da população (52%) reside em domicílios alugados. Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, a maior proporção de moradores em domicílios alugados foi registrada em Balneário Camboriú (SC), com 45,2%, enquanto a menor foi observada em Cametá (PA), com 3,1% dos habitantes morando de aluguel.
Já entre os imóveis próprios, os financiados apresentam as maiores porcentagens em municípios como Extremoz (RN) - 45,3%, Valparaíso de Goiás (GO) - 41,4%, e Fazenda Rio Grande (PR) - 40,7%, regiões com grandes empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida
A faixa etária de 25 a 29 anos é a que mais mora de aluguel e chega a 30%. Já a maioria dos donos de imóveis financiados tem entre 35 e 39 anos.
O pico entre os que ganharam, compraram ou herdaram um imóvel tem 70 anos ou mais. Segundo o IBGE, essa tendência é explicada pelo ciclo de vida, que inclui a saída da casa dos pais, o ingresso no mercado de trabalho e aposentadoria da população.
22% dos domicílios no país é alugado
Dos 72 milhões de domicílios ocupados para moradia permanente no Brasil, 71% (51,6 milhões) são próprios. Outros 22% (16 milhões) são alugados, representando um quinto do total de lares no país. Além disso, 6% (4 milhões) são cedidos ou emprestados, enquanto 1% (cerca de 603 mil) estão em outras condições, segundo o IBGE.
O número de imóveis alugados no Brasil aumentou em comparação com os últimos Censos. Em 2010, 18% das casas eram alugadas, enquanto 73% eram próprias. Já em 2000, os imóveis alugados representavam 14%, e os próprios, 71%.
A pesquisa também revelou que as casas predominam entre todas as condições de ocupação. Entre os imóveis alugados, 16% dos domicílios (11 milhões) eram casas, enquanto 5% (3,9 milhões) eram apartamentos. Já entre os imóveis próprios, as casas somam 44 milhões.
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